Galeria de Fotos - Pojeto MapeARTE trouxe palestra sobre a Saúde das Pessoas LGBTQIAP+
Na noite de sexta-feira, dia 21, o Programa Escola do
Legislativo “Cidade Livre do Rio Pardo” trouxe mais uma palestra de tema
relevante à sociedade: “A Saúde das Pessoas LGBTQIAP+”, cuja abordagem foi
realizada pro Gabi Naomi, que é professora, consultora, performer e ativista.
A palestra foi promovida em parceria com o projeto MAPEARTE,
que objetiva levar informação à sociedade e formas de inserção e qualificação a
pessoas LGBTQIAP+.
Gabi Naomi iniciou sua explanação informando o que
significam as siglas LGBTQIAP+, inclusive de forma bastante explicativa,
observando a importância de todos conhecerem principalmente para se dirigirem
de forma correta às pessoas que assim se identificam, destacando a importância
de quem tem dúvida sempre perguntar.
Na questão da saúde às pessoas LGBTQIAP+, Naomi também
destacou a importância da informação, principalmente aos profissionais da área,
desde a recepção até o atendimento clínico em si. “Precisamos romper essa
rotina mecânica do atendimento na saúde sobre nossos corpos, especialmente às
pessoas LGBTQIAP+. Repito: a busca de informação, a qualificação é muito
importante. Não saber prestar atendimento é uma coisa, mas persistir neste
atendimento mecânico, nada acolhedor é outra”.
Ela também falou um pouco sobre a discriminação da sociedade
às pessoas LGBTQIAP+ em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis. “Muita
gente também precisa entender que não é preciso “marginalizar” grupos com
relação às ISTs. O que leva uma pessoa a ter uma infecção desse tipo é o comportamento
de risco a quem se expõe, não propriamente o grupo ou sua identificação
enquanto pessoa. Ou seja, a ideia de que pessoas LGBTQIAP+ são "grupo de
risco" para HIV/Aids é ultrapassada, que o que existem são comportamentos
de risco (como ter relações sexuais sem camisinha/preservativo, não fazer
exames de ISTs rotineiramente, etc - comportamentos que qualquer pessoa pode
ter, independentemente de seu gênero ou orientação sexual). As pessoas em maior
risco de contrair o vírus HIV são aquelas que fazem parte de populações
vulneráveis, que têm acesso à saúde limitada.
Em suas considerações finais, Gabi destacou, novamente, que
não tem problema ter dúvidas sobre como se referir ou como atender a população
LGBTQIAP+, mas é necessário um esforço contínuo às informações e adaptações às
novas realidades.
“A violência estrutural é o que afasta a população LGBTQIAP+
do acesso à saúde. O acolhimento cuidadoso, muitas vezes, é o único afeto que
essas pessoas têm acesso”, salientou.
Ela acrescentou, ainda, que preconceito é pensamento,
discriminação é ação. E que ações LGBTfóbicas podem ser punidas administrativa,
civil e criminalmente. “Palavras são importantes, mas sua atuação é o que
conta”, concluiu.
A palestra, na íntegra, pode ser acessada pelo link https://www.facebook.com/camarasjriopardo/videos/1270772123657126